sexta-feira, 6 de maio de 2011

O ACRÓSTICO

Ainda que muito sonhasse,
Longe estaria de imaginar que
Infinito amor crescesse,
Como torrente a me inundar, de
Imensa felicidade:
Alícia Maria, meu anjo, minha filha, meu ar!


Minha tão pequenina flor
Ainda oculta em broto ou semente
Radiante florescerás, pela vida tens lutado, incansavelmente!
Inimaginável é a minha alegria, espero ter-te em meus braços
Ansiosamente!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

POEMA DE NATAL


Hoje queria fazer um poema
Que reunisse os melhores sentimentos,
Que expressasse com a máxima sensibilidade
As coisas realmente maravilhosas da vida.

Melhor momento não poderia haver para a inspiração: é Natal!

A luz do sol voltou a brilhar depois de duradouro eclipse!
As pessoas estão envolvidas pelo espírito natalino
E, portanto, estão mais receptivas, sensíveis até...

O pequeno bebê inerte, envolto na manjedoura,
Rodeado de animais, ali no presépio sobre o armário,
Parece revolucionar em um movimento silencioso de humanização e fé!

Hoje queria fazer um poema...

Mas, quanta bobagem!

Minhas palavras são desnecessárias
Pois a poesia da vida
Parece descrever aquela há algum tempo adormecida:

A esperança!!!!


Lílian Martins
23.12.10
10h28m

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A NOTÍCIA


De repente a notícia:
Fez-se luz dentro de mim.
E meu mais maravilhoso desejo
Finalmente se realizou:
A multiplicação do amor,
A divisão de cuidados,
O somatório de risos e lágrimas felizes,
E a subtração da solidão...

Meu pequenino rebento,
Para mim ainda desconhecido,
Em pouquíssimos dias
Me fez crescer mais que em todos os anos
Da minha breve vida:
Para frente... para os lados...
Para mais perto de Deus...

Minha sensibilidade aumentou exponencialmente
De todas as maneiras:
No tato, no olfato, na visão de futuro,
Na audição de boas coisas
E no paladar das coisas mais doces...

Apenas em mim algo atrofiou:
A lembrança de que já vivi em um passado,
Agora pretérito mais-que-perfeito,
Como se eu não existisse antes do meu novo ser:

M-Ã-E!!!

Lílian Martins
09.12.10
19h10m
(mamãe há nove semanas e três dias).

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

SEPARAÇÃO – FASE V

Anos juntos a fio
E, de repente, uma ruptura abrupta.
Para onde o levaram?
Não é mais você quem habita o seu corpo,
Quem atende ao telefone,
Nem tampouco quem responde grosseiramente
Aos amáveis questionamentos dos porquês remanescentes.

Anos longos juntos
E a lembrança de todos os momentos
Já me parecem longínquas e irreais,
Depois das decepções e desencontros
Das re-tentativas do pós-tudo...

Anos... Juntos?
A eternidade desse meio tempo
De rejeição e lágrimas,
De solidão e paciência,
Parece desintegrar todas as imagens
De um “nós dois”...
E o sentimento que me fazia palpitar o coração,
Agora é só silêncio.


Lílian Martins
27.08.09
18h01m

SEPARAÇÃO – FASE IV

Que fazer se tua concreta partida,
Que por tempos desejei abstrata,
De abrupta, tornou-me enfraquecida,
Pela dor tamanha, reiterada.

Que fazer, se eu, racional,
Concluí pós-análise amiúde,
Que tu já me fazias mal
Ao não veres que fiz muito mais do que pude.

Que fazer, se diante da dor
Não consigo mais observa-lhe os defeitos
Se entre lágrimas meus olhos só vêem,
O meu grande amor, o ser perfeito.

Que fazer se o coração dorido
Não aceita a razão, dura, implacável,
Se ainda está preso o pobre, e cativo,
Não detém o amor, este indomável!


Lílian Martins
25.08.09
14h09m

terça-feira, 2 de junho de 2009

SEPARAÇÃO - FASE III

Sozinha...
Ainda não basto!

Lílian Martins
26.05.09
12h52m

SEPARAÇÃO - FASE II

Sozinha...
Foi tudo o que eu nunca quis viver
Privada da quenturinha boa do dormir de colherinha
E do delicioso café da manhã levado à cama,
Depois das ternas noites de amor;
Dos telefonemas diários e da meiga voz falando de saudades;
Das tardes preguiçosas de feriados, vendo vídeos no quarto;
Dos filhos nunca fecundados,
Planejados em teoria, em nome, em fenótipo;
Das flores regaladas, colhidas no caminho;
Do jantar à luz de velas desenhadas;
Dos beijos, do aconchego dos abraços,
Dos carinhos...


Lílian Martins
02.06.09
11h47m