Há verdades e sensações mil num coração
Que lateja e palpita descompassado...
É (auto)destrutiva a franqueza estampada
Nos olhos, no rubor das faces
E na transparência das lágrimas.
Que graça poderá existir na previsibilidade dos atos,
E na fácil leitura da entonação vocal?
Que ganhos pode ter um soldado que
Determinado, franco e sagaz joga-se ao tiroteio
Desprovido de arma, colete e munição?
Na melhor das hipóteses,
Sair ferido...
Ou ferir alguém
Com as pedras que carrega nas mãos...
Não gosto dos filmes de guerra...
...Nem tampouco da superexposição...
É... Talvez traga na cabeça o véu
Do luto por aquele soldado
Determinado, franco e sagaz
Fatalmente ferido durante o combate.
Lílian Martins
21.11.08
12h44m.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
SILÊNCIOS
Vivamos de silêncios.
Muitas coisas não deviam ser ditas.
Há mistérios que merecem permanecer mistérios.
Para a ação e o pensamento há incomensuráveis distâncias:
Entre o falar e o calar-se,
Entre o apaixonar-se e o permitir-se,
Entre o mostrar-se e o esconder-se
Entre o ficar junto e o deixar partir...
Há muitas escolhas
E escolhas são sempre difíceis:
Arriscar-se ou anular-se,
Viver ou eximir-se,
Amar-se ou esquecer-se.
Ferir outrem ou ferir-se.
Nunca as respostas serão claras.
Há sempre o condicional, peçonhento e letal:
“E se...”
E se...
...houvera sido diferente...
Lílian Martins
20.11.08
13h32m
Muitas coisas não deviam ser ditas.
Há mistérios que merecem permanecer mistérios.
Para a ação e o pensamento há incomensuráveis distâncias:
Entre o falar e o calar-se,
Entre o apaixonar-se e o permitir-se,
Entre o mostrar-se e o esconder-se
Entre o ficar junto e o deixar partir...
Há muitas escolhas
E escolhas são sempre difíceis:
Arriscar-se ou anular-se,
Viver ou eximir-se,
Amar-se ou esquecer-se.
Ferir outrem ou ferir-se.
Nunca as respostas serão claras.
Há sempre o condicional, peçonhento e letal:
“E se...”
E se...
...houvera sido diferente...
Lílian Martins
20.11.08
13h32m
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
GRIS
Manhã chuvosa e fria
Incomum na Terra do Sol...
O astro rei hoje parece ainda estar adormecido,
Deitado sobre a nuvem escura e macia...
Talvez sua noite tenha sido longa...
...Talvez tão longa quanto a minha...
Lílian Martins
14.11.08
12h33m
Incomum na Terra do Sol...
O astro rei hoje parece ainda estar adormecido,
Deitado sobre a nuvem escura e macia...
Talvez sua noite tenha sido longa...
...Talvez tão longa quanto a minha...
Lílian Martins
14.11.08
12h33m
terça-feira, 11 de novembro de 2008
FIM DE TARDE
A tarde fenece.
O vento gelado da central de ar
Deixa minha mão ainda mais fria...
O que esperar desta noite?
Mais uma noite escura
De estrelas opacas e sem lua
De coração pequenino
E silente...
Por que esperar?
Lílian Martins
11.11.08
19h42m
O vento gelado da central de ar
Deixa minha mão ainda mais fria...
O que esperar desta noite?
Mais uma noite escura
De estrelas opacas e sem lua
De coração pequenino
E silente...
Por que esperar?
Lílian Martins
11.11.08
19h42m
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
MURALHA
Por que te escondes atrás dessa muralha?
Que segurança ela te transmite?
Há tanto do lado de cá do muro!
Há a brisa da tarde que massageia o rosto
Há o gorjeio dos pássaros que acaricia os ouvidos
Há o desenho das nuvens que encanta os olhos
Há o amor, que preenche lacunas do coração
E do espírito...
Por que te escondes atrás desse escudo?
Que proteção ele te propicia?
Não sabes que ele não pode deter as armas
Invisíveis e letais da incompletude e da amargura?
Por que te escondes atrás dessa carapaça?
Ela te dá tanta maleabilidade e destreza quanto dá aos cágados...
Por que te escondes?
Esta auto-proteção é a tua desventura!
Quanto mais te escondes,
Mais estás exposto aos olhos observadores e delicados da Sensibilidade!
Abre-te! Expõe-te de uma vez!
Dize o que te faz bem e o que te faz mal
Escancara o teu humano coração
E deleita-te com o prazer de amar
Simplesmente.
Lílian Martins
05.11.08
13h07m
Que segurança ela te transmite?
Há tanto do lado de cá do muro!
Há a brisa da tarde que massageia o rosto
Há o gorjeio dos pássaros que acaricia os ouvidos
Há o desenho das nuvens que encanta os olhos
Há o amor, que preenche lacunas do coração
E do espírito...
Por que te escondes atrás desse escudo?
Que proteção ele te propicia?
Não sabes que ele não pode deter as armas
Invisíveis e letais da incompletude e da amargura?
Por que te escondes atrás dessa carapaça?
Ela te dá tanta maleabilidade e destreza quanto dá aos cágados...
Por que te escondes?
Esta auto-proteção é a tua desventura!
Quanto mais te escondes,
Mais estás exposto aos olhos observadores e delicados da Sensibilidade!
Abre-te! Expõe-te de uma vez!
Dize o que te faz bem e o que te faz mal
Escancara o teu humano coração
E deleita-te com o prazer de amar
Simplesmente.
Lílian Martins
05.11.08
13h07m
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
LENDA
Reza uma lenda antiga
Que todos os seres foram criados aos pares
E separados pela graça do destino.
Somente se sentiriam plenamente felizes
Quando se reencontrassem...
Por onde tens andado?
Lílian Martins
05.11.08
17h01m
Que todos os seres foram criados aos pares
E separados pela graça do destino.
Somente se sentiriam plenamente felizes
Quando se reencontrassem...
Por onde tens andado?
Lílian Martins
05.11.08
17h01m
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