sexta-feira, 21 de novembro de 2008

SILÊNCIOS

Vivamos de silêncios.
Muitas coisas não deviam ser ditas.
Há mistérios que merecem permanecer mistérios.
Para a ação e o pensamento há incomensuráveis distâncias:
Entre o falar e o calar-se,
Entre o apaixonar-se e o permitir-se,
Entre o mostrar-se e o esconder-se
Entre o ficar junto e o deixar partir...

Há muitas escolhas
E escolhas são sempre difíceis:
Arriscar-se ou anular-se,
Viver ou eximir-se,
Amar-se ou esquecer-se.
Ferir outrem ou ferir-se.

Nunca as respostas serão claras.

Há sempre o condicional, peçonhento e letal:
“E se...”

E se...
...houvera sido diferente...


Lílian Martins
20.11.08
13h32m

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